Visita técnica em Campinas permite que alunos de Física Médica do UNIFEB conheçam o acelerador de partículas

O UNIFEB (Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos) organizou uma visita técnica em Campinas (SP), no último dia 5 de julho, para que os alunos do 7º termo do curso de Física Médica e docentes pudessem conhecer o Sirius/CNPEm, considerada a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no Brasil, que abriga o acelerador de partículas (elétrons) capaz de gerar a luz sincrotron.  

Segundo o coordenador de Física Médica do UNIFEB, Prof. Me. Gabriel Pontin, essa luz de alto brilho e energia elevadíssima (3,0 Gev) é utilizada para investigar a composição e a estrutura da matéria em suas mais variadas formas, com aplicações em praticamente todas as áreas do conhecimento. “Esta tecnologia pode contribuir para a solução de grandes desafios científicos e tecnológicos, como a descoberta de novos medicamentos e tratamentos para doenças, novos fertilizantes, espécies vegetais mais resistentes e adaptáveis e novas tecnologias para agricultura, fontes renováveis de energia, entre muitas outras potenciais aplicações, com fortes impactos econômicos e sociais”, destacou. 

Sob coordenação do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), organização social supervisionada pelo MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações), o Sirius é financiado com recursos do MCTI e projetado por pesquisadores e engenheiros do CNPEM, em parceria com a indústria nacional. 

Pontin explica que a recepção dos alunos e docentes do UNIFEB no Sirius/CNPEm foi realizada por pessoal capacitado para a divulgação científica sobre a infraestrutura e as pesquisas realizadas no local. “Começamos pelo hall de entrada do prédio principal, onde se encontra uma maquete que representa a estrutura física predial bem como os locais de produção da radiação sincrotron. Foi detalhado o processo de emissão de luz sincrotron envolvendo estruturas complexas como acelerador linear, booster e anel circular, bem como as estações de trabalho destinadas à pesquisa em diversas áreas com uso de luz (radiação) nas várias faixas do espectro eletromagnético: infravermelho, visível, ultravioleta e raios X”, detalhou. 

A visita ainda contou com a apresentação das diversas estações de trabalho já em operação [ao todo 13] e suas principais características, com equipamentos considerados estado-da-arte pela comunidade científica internacional, além das demais áreas que serão disponibilizadas para operação no futuro próximo. “Foi possível acompanhar o fluxo de operação do acelerador através da observação de alguns experimentos que estavam em andamento nas estações de trabalho que operam na faixa UV e raios X, envolvendo o estudo de proteínas de interesse na área da saúde. Foi destacada a importância da proteção radiológica no ambiente do Sirius, com ênfase na apresentação de grandes estruturas de contenção, para a adequada blindagem de radiação ionizante. Conhecemos as salas de estudos e reuniões utilizadas pelos pesquisadores, bem como a central de comando do acelerador”, enfatizou o professor Pontin. 

De acordo com a Prof. Dra. Lucimara Ferreira, docente do curso de Física Médica do UNIFEB, que integrou o grupo barretense, o ponto alto foi a observação de experimentos que ocorreram no momento da visita durante a atividade de pesquisa. “Esse tipo de ação proporciona a imersão do estudante de graduação no contexto mais amplo da aplicação dos conhecimentos apresentados e discutidos em sala de aula, tornando real o que antes era algo presente no imaginário. Concretiza também as expectativas em relação à atuação profissional ao mostrar as possibilidades reais que existem no âmbito da sua área de formação”, reforçou. 

Também participaram da visita técnica o reitor do UNIFEB Prof. Dr. Angelo Davis; a representante do NAP (Núcleo de Apoio Pedagógico), Profa. Rosângela de Carvalho G. G. Prado; o coordenador dos cursos de Administração e Ciências Contábeis, Prof. Paulo Buzati; e a coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo, Profa. Maria Clara Calil.