Dengue em criança: descubra como diagnosticar e tratar

Com sintomas confundidos com os de uma gripe ou virose, diagnosticar um caso de dengue é uma tarefa ainda mais difícil quando se trata de uma criança. Como elas não têm clareza do que estão sentindo, os pais precisam redobrar a atenção aos primeiros sinais de febre, fraqueza, diarreia e vômitos.

“Os sintomas são praticamente os mesmos dos adultos. Porém, a criança tem uma recusa alimentar importante”, alerta André Binotti, pediatra do Sinhá Junqueira, do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica.

O médico diz ainda que como a recusa de líquido também pode ocorrer, é necessário que o adulto responsável supervisione a sua ingestão pela criança no intuito de evitar uma desidratação.

“Esses são sinais clássicos da dengue. E na questão da hidratação a preocupação é maior se comparado ao adulto”, afirma.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre janeiro e o início de março desse ano, o Brasil registrou 301,8 mil casos de dengue. Um crescimento de quase 100 mil casos, se comparado ao mesmo período do ano passado, quando houve 209,9 mil notificações da doença.

Prevenção

“E o melhor cuidado é a prevenção! Mas se apresentar sintomas, os pais ou responsáveis devem procurar o pronto atendimento para avaliação médica, pois infelizmente a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica”, ressalta o pediatra.

Sem necessidade de internação nos casos em que não há agravamento, o restabelecimento do quadro de uma criança ocorre, com resolução total, no prazo de 10 dias. Já nos mais graves, a recuperação acontece entre duas a quatro semanas e o seguimento médico é imprescindível.

A dengue é transmitida por meio da picada do mosquito Aedes aegypti. Dessa forma, a prevenção da doença em crianças pode ser feita por meio da eliminação de ovos e larvas do mosquito. Para isso, manter a casa sempre limpa e não deixar acumular água em recipientes e locais abertos estão entre as principais dicas.