Todo ano é sempre igual e lá vem chegando o Natal. Mas, qual Natal? Aquele do olhar do amor de Cristo ou aquele que o homem inventou? Mas que Natal? Aquele que lembra a solidariedade apenas por um dia (e muitas vezes para fazer demagogia, selfies ou fazer política), ou o verdadeiro Natal de Cristo e com Cristo, que nos lembra que é preciso fazer a caridade todos os dias do ano, mesmo que seja com uma prece, um abraço, uma palavra amiga, enfim, da melhor forma que possamos… Será que entendemos todos os sentidos e significados do Natal de Cristo? Ou seguimos a maioria na hipocrisia das ações e palavras que o consumismo criou…
Que possamos compreender que o Natal com olhar de Cristo não se resume na festa que tentam fazer do Natal. Em uma festa que gira em função do que “eu” e minha família vamos comer ou se “esbaldar”. Pensar apenas em nós é andar na “contramão” do que o Homem de Nazaré pregou, mas o que fazer nesses tempos tão cruéis, em que há aqueles que comem carne “folheada a ouro”, vítimas da doença chamada ostentação, enquanto milhões de seres humanos por todo planeta passam ou buscam algum resíduo de carne “folheado” com sua miséria nas latas de lixos desse mundão de meu Deus.
O Natal que faça nascer um “CRISTO FELIZ” infelizmente ainda não nasceu em muitos corações, e vai muito além da preocupação (quanto ao que vamos comer ou beber) passa também pela preocupação com as necessidades essenciais do próximo. Para quem sentiu… o olhar de Jesus nos convida a pensar quanto todas as desigualdades, guerras e sofrimentos do mundo e com certeza deseja que sejamos ativos e atuantes da forma que pudermos contra todos os males construídos pela sede de poder, pelo egocentrismo e pela ostentação e outras doenças do nosso tempo doente…
Quem sabe um dia a nossa fragilidade fale mais alto que nossa arrogância e assim possamos ver muito além da superficialidade e das aparências dos nossos dias. Quem sabe um dia vejamos com maior clareza que somos tão passageiros que apenas estamos… e que toda força dessa verdade possa abrir os “horizontes” para antes do “eu” e que possamos pensar mais em nós! Provavelmente, quando essa consciência brotar em cada ser humano todos poderão compreender a diferença do Natal do qual fala o nascimento e o olhar de Jesus Cristo e o Natal que o homem e o consumismo inventaram…