Justiça de Barretos condena 14 pessoas por envolvimento com organização criminosa

Na última semana, foi publicada no Diário de Justiça sentença proferida pela 1ª Vara Criminal de Barretos, a qual condenou a diversas penas 11 (onze) homens e 3 (três) mulheres, acusadas de integrarem uma organização criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas e também por fazerem parte de uma associação para o tráfico existente na cidade de Barretos.

O trabalho decorreu de investigação realizada pela Polícia Civil de Barretos, através dos policiais da DIG (Delegacia de Investigações Gerais de Barretos) e Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE), à época coordenados pelo delegado Rafael Faria Domingos.

A investigação durou cerca de dois anos, a partir da prisão de uma das lideranças da organização criminosa. Desde então, os investigadores passaram a analisar celulares, computadores e documentos, os quais possibilitaram a identificação de outros membros da organização criminosa, assim como de parte do grupo que se dedicava a compra, venda e distribuição de drogas na região de Barretos, o que culminou na realização da segunda fase da “Operação Éfodo”, em abril de 2021. Anteriormente, na primeira fase da operação, ocorrida em julho de 2020, já haviam sido presas 23 (vinte e três) pessoas por envolvimento com a organização criminosa.

Em relação à segunda fase da operação policial, o delegado que presidia o feito solicitou à Justiça 14 (catorze) mandados de busca e apreensão e 15 (quinze) mandados de prisão contra os membros da citada organização criminosa. Os mandados foram deferidos pela Justiça, após concordância do Ministério Público e os policiais foram às ruas para cumpri-los.

As diligências foram efetuadas nas cidades paulistas de Barretos, Colina, Taiúva, Balbinos, Getulina, Marília, Pirajuí, Riolândia e em Três Corações/MG, contando com 80 (oitenta) policiais civis dos DEINTER-3 (Ribeirão Preto), DEINTER-4 (Bauru), DEINTER-5 (São José do Rio Preto) e da Delegacia Regional de Três Corações/MG, divididos em cerca de 20 (vinte) viaturas.

O nome da operação tem relação com a Grécia antiga, já que os éfodos eram os responsáveis por evitar o extravio de cartas. Um dos investigados, preso nas duas fases da operação, cumpria este papel de levar cartas de presidiários faccionados com reivindicações às lideranças que estavam em liberdade.

Após o término das investigações, o Ministério Público denunciou os envolvidos, os quais foram condenados, em primeira instância, pelo Judiciário barretense.

O indivíduo apontado como líder deste grupo foi condenado a 16 anos de prisão e as penas somadas, imputadas a todos os indivíduos, ultrapassam 90 anos. Apenas um dos investigados foi absolvido.