Candidatos fakenews

Eu ia parar de escrever sobre política, embora seja “fazer a egípcia” quando estamos a menos de duas semanas das eleições municipais. Conforme escrito anteriormente, quanto mais fugimos desse assunto, mais presente ele se faz. O senso de cidadania deve correr em nossas veias com nosso sangue, porque tem gente rindo da cara do povo. Deliberadamente.

Estamos vendo alguns homens e mulheres que estão querendo nos representar – os candidatos aos cargos públicos – fazendo lambança atrás de lambança. Não preciso citar nomes, porque não precisamos fazer papel de escada de porão. Como diz a sabedoria popular: fruta podre cai sozinha.

Entre falsa acusação contra jornalista (devido à falta de debate televisivo) e violência contra a mulher (além, claro, de outras barbaridades que nem chegam ao nosso conhecimento), há algumas pessoas almejando a Prefeitura e a Câmara Municipal com um descarado despreparo para chefiar qualquer coisa. Não serve nem para segurança de horta de bacia.

“Onde já se viu isso?”, pergunta minha avó, senhora sábia de 83 anos, que já viu de tudo, mas ainda se espanta com a dissimulação alheia.

Bem, vamos e venhamos, não existe perfeição nem em mim nem em você. A diferença é que não nos candidatamos. Não estamos querendo pagar de santos, falando uma coisa em campanha e fazendo outra.

Um homem tem de cuidar da sua imagem para sair e entrar seja qual por qualquer porta. Sobretudo, quando esse brada aos quatro ventos que “vai cuidar do povo”, que “será o melhor vereador que essa cidade já viu”, “que será o prefeito ou a prefeita que mudará tudo”. Para falar isso, há primeiro que ser exemplo e dar exemplo. Preferencialmente, exemplificar o respeito ao próximo, independente de religião, etnia, classe social ou orientação sexual. Respeito cabe em qualquer lugar.

Moço, você não me representa. Se for para dar uma de machão e bater em mulher, desejo que você vá para a cadeia, onde você encontrará homens fortes para você peitar. Moço que acusou o jornalista de boicotar o debate,você não me representa. Sou jornalista e não desejaria ver minha integridade profissional ser questionada sem provas.

Então, vamos fazer um combinado: atenham-se à campanha política, com ética e respeito pelos partidos e candidatos opositores e pelos cidadãos. Valorizem nosso voto. E, principalmente, muitíssimo cuidado com os celulares. Eles andam registrando suas burradas.

Boa reta final para os que se acham espertos!