Alguém me perguntou: Pode haver algo pior em termos políticos para um país do que essa polarização pelo ódio com a qual convivemos todos os dias? Realmente, vivemos um momento muito delicado. Não bastasse a escolha infeliz de colocar na Presidência da República um homem que sequer tem condições para ser um síndico de condomínio, agora pagamos o preço dos resultados da desastrada gestão do ex-capitão em comunhão com a desenfreada polarização produzida pela candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ser Bolsonaro ou ser Lula? Eis a questão… Penso que a polarização nem sempre é negativa. Pelo contrário, pode ter muito de aprendizado quando construída pelo debate civilizado, pelo respeito a opiniões divergentes e, assim sendo, solidifica a democracia.
Mas, o que vemos no Brasil é de uma estupidez sem limites e não é baseada na construção por meio do debate civilizado, muito pelo contrário, é oposto disso, é construída com base no ódio e em fanatismos como nas mais radicais torcidas uniformizadas do futebol. Um verdadeiro Fla x Flu, uma polarização desinteligente, agressiva para resumir nas palavras: uma polarização “burra” baseada na defesa de dois líderes populistas. Não seria muito melhor se tivéssemos um debate voltado no melhor para o Brasil? Afinal, onde essa polarização de extremo ódio nos levará? Sequer podemos imaginar, posto que Bolsonaro e a “loucura” que o segue fala em não aceitar a derrota nas urnas…
Mas, respondendo a pergunta a mim dirigida, claro que existem situações graves na política brasileira que precisam passar por uma reforma política abrangente a fim de evitar esse grande número de partidos, que na verdade se tornam negócios e também as facilidades e possibilidades para formação de bandos de oportunistas, que se unem para usufruir do poder. É dessa coisa fétida chamada “Centrão” que estou falando!
Um grupo de políticos e partidos que se unem em favor do que lhes convém (e que se dane o país) e que está presente em tudo que possa ser mais “sujo” no mundo da política em todos os governos na história mais recente da política brasileira e, nos dias de hoje, representada nas figuras de Ciro Nogueira e Arthur Lira, que carregam “Bolsonaro no colo” e têm todas as chaves de verbas, de orçamentos secretos e outras “podridões” do trágico desgoverno de Jair Messias Bolsonaro. Mas, a bem da verdade, já tiveram as mesmas chaves nos governos de Temer e, principalmente, no governo de Lula onde operaram os casos mais famosos de corrupção.
Verdadeiros mercenários da política, homens sem ideal, sem ideologia e que “venderiam até a mãe por poder e dinheiro”, essa gentalha está sempre no poder seja qual for o governo. Fundam partidos para fazer negócio. Inclusive, nesse meio tem gente que ajudou a derrubar Dilma e agora anda de mãos dadas com Lula, jurando fidelidade. Como compreender?
Mas, é preciso ficar bem claro que um povo que elege e reelege pseudos políticos do perfil dos personagens do Centrão não tem razão quando reclama da vida! Afinal, deposita nas urnas o voto de confiança naqueles que roubam até a esperança em dias melhores do povo brasileiro. Se gritar pega ladrão não fica um…